Há décadas que os médicos brasileiros enfrentam um grande dilema quando estão diante de um paciente Testemunha de Jeová cujo quadro clínico aparenta necessitar de uma transfusão de sangue. Para alguns, a questão não é tão complicada, pois se trata de uma pessoa adulta que tem plenos direitos (e assegurados por lei) de recusar este ou aquele tratamento, cabendo ao médico apenas respeitar a decisão do paciente. Por outro lado, há os que entendem que a vida é o bem maior, indisponível, não sacrificável. Diante desse dilema, não é nenhuma surpresa que a decisão, que cabia ser tomada em uma sala hospitalar, acaba por surgir de uma sala de tribunal.
O blog "Pontos de Fé", escrito por Lourisvaldo Santana, publicou recentemente um artigo sobre a questão do sangue no judiciário brasileiro. O parágrafo acima é a introdução desse artigo.