A Sentinela, 1 de Janeiro de 1970, págs. 7-8 - POR QUE HÁ TANTA CONFUSÃO NA RELIGIÃOQue características distinguem os apóstatas dos verdadeiros cristãos?
Uma apostasia entre os professos cristãos foi predita pelo apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 2:3. Ele mencionou especificamente certos apóstatas, tais como Himeneu, Alexandre e Fileto. (1Ti 1:19, 20; 2Ti 2:16-19) Entre as diversas causas da apostasia apresentadas nos avisos apostólicos achavam-se: falta de fé (He 3:12), falta de perseverança em face de perseguição (He 10:32-39), abandono dos padrões morais corretos (2Pe 2:15-22), acatar “palavras simuladas” de falsos instrutores e “desencaminhantes pronunciações inspiradas” (2Pe 2:1-3; 1Ti 4:1-3; 2Ti 2:16-19; compare isso com Pr 11:9) e tentar “ser declarados justos por meio de lei”. (Gál 5:2-4) Os apóstatas, embora ainda professem ter fé na Palavra de Deus, talvez abandonem o serviço dele por tratar com descaso a obra de pregação e de ensino que ele designou aos seguidores de Jesus Cristo. (Lu 6:46; Mt 24:14; 28:19, 20) Talvez afirmem também servir a Deus, mas rejeitam os representantes dele, Sua organização visível, e depois passam a “espancar” seus anteriores companheiros, para impedir a obra destes. (Ju 8, 11; Núm 16:19-21; Mt 24:45-51) Os apóstatas freqüentemente procuram fazer de outros seus seguidores. (At 20:30; 2Pe 2:1, 3) Os que assim deliberadamente abandonam a congregação cristã tornam-se deste modo parte do “anticristo”. (1Jo 2:18, 19) Assim como se deu com os israelitas apóstatas, também se predisse a destruição dos que apostatam da congregação cristã. — 2Pe 2:1; He 6:4-8; veja ASSOCIAÇÃO.
Durante o período de perseguição, que a primitiva congregação cristã sofreu às mãos do Império Romano, os cristãos professos foram às vezes induzidos a negar ser discípulos cristãos, e exigiu-se dos que fizeram isso indicar sua apostasia por meio duma oferta de incenso perante algum deus pagão ou a blasfemarem abertamente do nome de Cristo. É evidente que há uma distinção entre uma ‘queda’ devido a uma fraqueza e o ‘desvio’ que constitui apostasia. Esse último subentende um afastamento definitivo e deliberado da vereda da justiça. (1Jo 3:4-8; 5:16, 17) Seja qual for a base aparente, quer intelectual, quer moral, quer espiritual, constitui uma rebelião contra Deus e uma rejeição de sua Palavra da verdade. — 2Te 2:3, 4; veja HOMEM QUE É CONTRA A LEI.
Viver Para Sempre, cap. 3 - A religião a que você pertence realmente faz diferençaHá mais de quatro mil anos, na antiga Babilônia, Deus dispersou pela primeira vez a humanidade por sua apostasia para a religião falsa. Até o dia de hoje, Satanás usa a religião sectária como instrumento principal para confundir a humanidade. Faz que pareça desejável a pessoa fixar-se na religião herdada de seus pais.
Mas, que garantia tem a pessoa, de que a religião de seus pais é a certa? No Japão, por exemplo, as estatísticas governamentais publicadas em 1957 mostraram que naquele país havia 379 seitas religiosas, das quais 38 pertenciam à cristandade. Sendo que a população do Japão, naquele tempo, ascendia a uns 90.000.000, o fato de que as diversas seitas afirmavam ter 123.000.000 de aderentes indicou que muitos pertenciam a mais de uma religião. No entanto, visto que todas estas seitas estão em conflito entre si, isto daria a cada aderente apenas uma ou duas probabilidades em 379 de que pertencia à religião verdadeira — supondo-se que alguma delas fosse verdadeira.
Pastoreiem o Rebanho de Deus, cap. 5, pág. 65 - Como determinar a formação de uma comissão judicativa19 A verdade não admite a existência de todas as espécies divergentes de doutrinas religiosas no mundo. Por exemplo, ou os humanos têm uma alma que sobrevive à morte do corpo, ou não têm. Ou a terra existirá para sempre, ou não. Ou Deus acabará com a iniqüidade, ou não. Essas e muitas outras crenças ou são certas, ou são erradas. Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra. Ou uma ou a outra é verdadeira, mas não ambas. Crer sinceramente em alguma coisa e praticá-la não a torna certa, se realmente for errada.
20 Qual deve ser sua reação caso se lhe apresente prova de que aquilo em que crê é errado? Por exemplo, digamos que esteja viajando de carro pela primeira vez para certo lugar. Você tem um mapa rodoviário, mas não tomou o tempo para verificá-lo bem. Alguém lhe disse qual a estrada que devia tomar. Você confiou nele, crendo sinceramente que lhe indicou o caminho certo. Mas, suponhamos que não o seja. O que faria se alguém lhe apontasse o erro? O que faria se este, recorrendo ao mapa que você mesmo tem, lhe mostrasse que tomou a estrada errada? Será que o orgulho ou a obstinação lhe impediriam admitir que está na estrada errada? Pois bem, se ficar sabendo, pelo exame de sua própria Bíblia, que está seguindo o caminho religioso errado, esteja disposto a mudar. Evite a estrada larga que conduz à destruição; siga o caminho estreito que leva à vida!
16. Apostasia. Apostasia significa desvio da adoração verdadeira, deserção, rebelião, abandono. [...] Espalhar deliberadamente ensinos contrários à verdade bíblica ensinada pelas Testemunhas de Jeová.A Sentinela, 15 de Março de 1986, págs. 13-15 - 'Não seja depressa demovido de sua razão'
3 Mas, não podemos presumir a permanência no paraíso espiritual como algo garantido. Entramos voluntariamente neste paraíso; podemos também sair (ou ser postos para fora) dele, se ficarmos descrentes ou deliberadamente violarmos as leis justas de Jeová. Naturalmente, isto não acontecerá, se mantivermos forte ‘o amor que tínhamos no princípio’, se continuarmos a apreciar todas as provisões de Jeová para nos manter espiritualmente fortes. (Revelação 2:4) Mas o Diabo e outros opositores da verdadeira adoração são peritos no engano. Nunca devemos esquecer que eles estão prontos para, se possível, quebrantar nossa integridade. Sua propaganda destina-se a enfraquecer a nossa fé, a esfriar nosso amor a Deus, a semear dúvidas na nossa mente — sim, fazer o paraíso espiritual parecer nenhum paraíso.
4 Aproveitando o que diz o provérbio, poderíamos chegar ao ponto de achar difícil, senão impossível, enxergar a floresta do paraíso espiritual por olharmos muito de perto as árvores humanas imperfeitas que há agora nele. A emoção que sentimos ao aprender a verdade da Palavra de Deus, a grandiosa esperança que passamos a ter, o amor que temos a Deus e aos nossos irmãos espirituais e o zelo que temos pelo serviço de Jeová poderiam desvanecer-se. Se não se tomarem medidas drásticas para inverter tal deterioração espiritual, em pouco tempo os amorosos requisitos de Deus parecerão opressivos. O sadio alimento espiritual procedente do “escravo fiel e discreto” pode parecer desprezível, e a fraternidade dos amorosos servos de Jeová pode parecer uma casa de inimigos. Neste caso, a única satisfação, de forma pervertida, talvez advenha de se começar a espancar os co-escravos com calúnias e meias-verdades. — Mateus 24:45-51.
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7 Ora, o que fará então quando se vir confrontado com ensinos apóstatas — raciocínios sutis — afirmando que aquilo que você crê como Testemunha de Jeová não é a verdade? Por exemplo, o que fará se receber uma carta ou alguma literatura, e, abrindo-a, vê logo que procede dum apóstata? Será induzido pela sua curiosidade a lê-la, só para ver o que ele tem a dizer? Talvez você até mesmo raciocine: ‘Isso não me vai afetar; sou forte demais na verdade. E, além disso, tendo a verdade, não temos nada a temer. A verdade suportará a prova.’ Argumentando assim, alguns nutriram a mente com raciocínios apóstatas e caíram vítimas de sérias perguntas e dúvidas. (Veja Tiago 1:5-8) Portanto, lembre-se da advertência contida em 1 Coríntios 10:12: “Quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.”
8 Com a ajuda amorosa de irmãos solícitos, alguns daqueles em quem os apóstatas tinham lançado dúvidas restabeleceram-se depois de um período de perplexidade e trauma espirituais. Mas esta dor poderia ter sido evitada. Somos informados em Provérbios 11:9: “Pela boca é que o apóstata arruína seu próximo, mas é pelo conhecimento que os justos são socorridos.” Judas disse a concristãos que ‘continuassem a mostrar misericórdia para com alguns que têm dúvidas, salvando-os por arrebatá-los do fogo’. (Judas 22, 23) Paulo aconselhou o superintendente Timóteo a instruir “com brandura os que não estiverem favoravelmente dispostos, visto que talvez Deus lhes dê arrependimento conduzindo a um conhecimento exato da verdade e eles voltem ao seu próprio juízo, saindo do laço do Diabo, visto que foram apanhados vivos por ele para a vontade deste”. — 2 Timóteo 2:25, 26.
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10 Quando outra pessoa nos diz: ‘Não leia isso’, ou: ‘Não escute isso’, talvez fiquemos tentados a desconsiderar seu conselho. Mas, lembre-se de que, neste caso, é Jeová quem nos diz na sua Palavra o que devemos fazer. E o que diz ele a respeito dos apóstatas? ‘Evite-os’ (Romanos 16:17, 18); ‘cesse de ter convivência com’ eles (1 Coríntios 5:11); e ‘nunca os receba no seu lar, nem os cumprimente’ (2 João 9, 10). Estas são palavras enfáticas, orientações claras. Se nós, por curiosidade, lêssemos a literatura dum apóstata conhecido, não seria isso igual a convidar este inimigo da verdadeira adoração à nossa casa, para se sentar conosco e expor suas idéias apóstatas?
11 Ilustremos isso do seguinte modo: Suponhamos que seu filho adolescente recebesse por correio alguma matéria pornográfica. O que faria você? Se ele estivesse inclinado a lê-la por curiosidade, diria: ‘Sim, meu filho, vai em frente e leia isso. Não lhe vai fazer mal. Ensinamos-lhe desde a infância que a imoralidade é má. Além disso, você precisa saber o que está acontecendo no mundo para ver que ele é realmente ruim’? Argumentaria assim? De modo algum! Antes, você certamente lhe indicaria os perigos da leitura de literatura pornográfica e exigiria que fosse destruída. Por quê? Porque, não importa quão forte a pessoa seja na verdade, se ela alimentar a mente com idéias pervertidas, encontradas em tal literatura, sua mente e seu coração ficarão afetados. Um desejo errado restante nos recessos do coração pode finalmente criar um apetite sexual pervertido. Com que resultado? Tiago diz que, quando o desejo errado se torna fértil, dá à luz o pecado, e o pecado leva a morte. (Tiago 1:15) Então, por que iniciar tal reação em cadeia?
12 Pois bem, se nós agiríamos tão decididos assim para proteger nossos filhos contra a exposição à pornografia, não é de esperar que nosso amoroso Pai celestial similarmente nos avise e proteja contra a fornicação espiritual, inclusive contra a apostasia? Ele diz: Afaste-se dela!
13 Mas, suponhamos que estejamos pregando as boas novas e alguém faça perguntas ou levante objeções similares às suscitadas pelos opositores? Naturalmente, se a pessoa não for sincera e apenas quiser discutir, usualmente é melhor que nos excusemos e sigamos para a próxima porta. Mas, quando alguém faz perguntas sinceras a respeito de certas alegações dos apóstatas, o que se pode fazer? Primeiro, podemos perguntar exatamente o que causa tal preocupação. Talvez sejam apenas um ou dois pontos. Daí podemos apegar-nos a estes eresponder à base das Escrituras, das publicações da Sociedade e do que verazmente sabemos sobre o assunto. Não precisamos achar que temos de ler um livro ou um panfleto cheio de calúnia e de meias-verdades para poder refutar falsas afirmações e ensinos de opositores.
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16 As táticas do Diabo não mudaram desde o Éden. Ele usa perguntas sutis e estimula o egotismo. Pedro escreveu: “Haverá falsos instrutores entre vós. Estes mesmos introduzirão quietamente seitas destrutivas . . . Explorar-vos-ão também em cobiça com palavras simuladas.” (2 Pedro 2:1-3) Algo simulado destina-se a parecer ou soar genuíno. Em 2 Timóteo 2:14-19, Paulo enfatizou a importância de se usar a Palavra de Jeová para resolver assuntos, mas advertiu sobre a necessidade de evitar apóstatas, cujos ‘falatórios vãos violam o que é santo’, porque, disse ele, “a palavra deles se espalhará como gangrena”.
17 Esta é deveras uma analogia apropriada! Igual à gangrena, o raciocínio apóstata não é senão uma morte espiritual que se alastra rapidamente. E visto que os membros da congregação são iguais a um só corpo, há o perigo de outros ficarem contagiados. Se aquele que espalha ensinos apóstatas não puder recuperar a saúde espiritual pela aplicação amorosa, mas firme, do bálsamo da Palavra de Deus, a amputação de tal membro (a desassociação) pode ser a única alternativa para proteger os outros membros do corpo. (Veja Tito 1:10, 11.) Não se deixe contaminar pela gangrena mortífera do tipo espiritual! Mantenha a boa saúde espiritual por evitar o contágio do pensamento apóstata. Acate o conselho sólido de 2 Pedro 3:17, 18: “Vós, portanto, amados, tendo este conhecimento adiantado, guardai-vos para que não sejais desviados com eles pelo erro dos que desafiam a lei e não decaiais da vossa firmeza. Não, mas prossegui crescendo na benignidade imerecida e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”