Doações - quão grande é seu sacrifício?

Postado por: Mentalista
Data: 2016-01-02 04:20:30 (Atualizado em: 2016-12-26 12:37:30)

Tags: citações, doações, donativos, dinheiro, contribuição, financeiro, sacrifício

A Sentinela, 1 de Dezembro de 1987, págs. 28-31

São as suas dádivas um sacrifício?

Conceitos Equilibrado Sobre Contribuições

DEPOIS de ter ensinado muitas coisas às pessoas no templo, Jesus “se assentou, tendo os cofres do tesouro ao alcance da vista, e começou a observar como a multidão lançava dinheiro nos cofres do tesouro”. (Marcos 12:41) O que se seguiu foi o bem conhecido relato sobre o óbolo da viúva. Mas, por que estava Jesus sentado ali observando as pessoas fazer suas ofertas? Não dissera ele a seus discípulos que não deviam deixar nem mesmo a mão esquerda saber o que a mão direita fazia ao oferecerem as suas dádivas de misericórdia? — Mateus 6:3.

Antes, Jesus denunciara fortemente os líderes religiosos por usarem métodos inescrupulosos para devorar “as casas das viúvas”. Ele disse que esses religiosos “receberão um julgamento mais pesado”. (Marcos 12:40) Para ensinar uma lição, Jesus então dirigiu a sua atenção para o que as pessoas faziam ali, nos cofres do tesouro. Hoje em dia, quando tantas vezes ouvimos falar sobre as grandes somas de dinheiro envolvidas em organizações religiosas, o mau uso de tais recursos e o suntuoso estilo de vida dos dirigentes, faremos bem em ouvir atentamente o que Jesus tinha a dizer. — Queira ler Marcos 12:41-44.

Os Cofres do Tesouro

O relato diz que Jesus “se assentou, tendo os cofres do tesouro ao alcance da vista”. Isto evidentemente foi no Pátio das Mulheres, onde vários cofres, ou caixas, eram colocados ao longo das muralhas para que o povo depositasse ali as suas dádivas. Diz a tradição judaica que havia ao todo 13 caixas. Em hebraico eram chamadas de trombetas, porque tinham uma pequena abertura no alto, na forma de pavilhão de trombeta. Consta que ‘ninguém entrava no templo sem depositar algo ali’.

O professor francês Edmond Stapfer, em seu livro A Palestina no Tempo de Cristo (edição de 1885 em inglês), fornece uma descrição detalhada desses cofres do tesouro. O seu relato nos dá um vislumbre da vida religiosa das pessoas naquela época, especialmente com relação às suas contribuições para os serviços no templo.

“Cada cofre destinava-se a um diferente objeto, indicado por uma inscrição na língua hebraica. No primeiro estava inscrito: Siclos novos; isto é, siclos colocados à parte para as despesas do ano corrente. No segundo: Siclos antigos; isto é, siclos destinados às despesas do ano prévio. Terceiro: Rolas e pombos novos; o dinheiro que se depositava neste cofre era o preço a ser pago por aqueles que tinham de oferecer duas rolas ou dois pombos novos, um como oferta queimada e o outro como sacrifício pelo pecado. Acima do quarto cofre estava inscrito: Ofertas queimadas; este dinheiro cobria as despesas das outras ofertas queimadas. O quinto levava a inscrição: Lenha, e guardava as dádivas dos fiéis para a compra de lenha para o altar. O sexto: Incenso (dinheiro para comprar incenso). O sétimo: Para o santuário (dinheiro para o trono de misericórdia). Os seis cofres restantes traziam a inscrição: Ofertas voluntárias.”

A inscrição sobre os dois primeiros cofres referia-se ao meio-siclo (duas dracmas em dinheiro grego) de imposto por cabeça que a lei exigia de todo varão adulto para custear a manutenção do templo, os serviços ali realizados e os sacrifícios diários oferecidos em favor da inteira nação. Em muitos casos, este imposto era cobrado em comunidades locais e daí levado ao templo. — Mateus 17:24.

A Lei também exigia que as pessoas fizessem várias ofertas em seu próprio favor. Algumas eram por pecados cometidos, outras por razões cerimoniais, e ainda outras à base de sua devoção e agradecimento. Os cofres marcados “Rolas e pombos novos” e “Ofertas queimadas” seriam para tais objetivos. “Na Trombeta III”, diz o livro O Templo, Seu Ministério e Seus Serviços (em inglês), “as mulheres que tinham de trazer rolas para uma oferta queimada e uma oferta pelo pecado lançavam o seu equivalente em dinheiro, que era recolhido diariamente, e um número correspondente de rolas eram oferecidas”. Provavelmente foi isto o que fizeram os pais de Jesus, quando este era bebê. — Veja Lucas 2:22-24; Levítico 12:6-8.

Havia também ofertas para a lenha e o incenso usados no altar e para as ofertas voluntárias. Novamente, segundo o professor Stapfer, “se alguém desse dinheiro para lenha ou incenso, fixava-se uma quantia mínima, e menos do que isso não poderia ser oferecido. Era necessário dar pelo menos o preço de um punhado de incenso, ou dois troncos de madeira de um cúbito de comprimento e de largura proporcional”.

O que aprendemos de tudo isso? É bem evidente que os israelitas tinham numerosas responsabilidades para com a manutenção do tabernáculo e mais tarde do templo em Jerusalém, o centro da adoração verdadeira. Sacrifícios e ofertas eram parte integrante de sua adoração. De fato, a Lei ordenava que “ninguém [devia] comparecer perante Jeová de mãos vazias”. (Deuteronômio 16:16) Mas, qual era o conceito deles a respeito dessas obrigações?

Diferentes Conceitos

O registro bíblico mostra que o povo era mui liberal e generoso nos dias de Moisés e de Davi, e mais tarde durante os reinados de Jeoás e Josias. (Êxodo 36:3-7; 1 Crônicas 29:1-9; 2 Crônicas 24:4-14; 34:9, 10) Tinham prazer em ter uma participação na construção da casa de Jeová e em mantê-la, bem como na promoção da adoração verdadeira. O sentimento deles foi bem expresso pelas palavras de Davi, quando disse: “Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à casa de Jeová.’” — Salmo 122:1.

Este espírito generoso, porém, não era compartilhado por todos. Por exemplo, lemos que nos dias de Malaquias, os sacerdotes ofereciam a Jeová “o que fora arrebatado, e o coxo, e o doente”. Em vez de se regozijarem diante de seu privilégio de serviço, eles diziam: “Eis! Que fadiga!” — Malaquias 1:13.

Similarmente, nos dias de Jesus, alguns se aproveitaram da situação para promover seus próprios interesses. Os mal-afamados cambistas do templo, por exemplo, não estavam ali apenas para fazer câmbio. Ao contrário, eles aproveitavam-se do fato de que apenas siclos hebraicos eram aceitos como ofertas, e todos os que tivessem dinheiro romano ou grego teriam de trocá-lo. Segundo Alfred Edersheim, especialista em história judaica, “aos banqueiros permitia-se cobrar um meá de prata, ou cerca de um quarto de um denário (salário de um dia de trabalhador] sobre cada meio-siclo”. Se isso for correto, não será difícil ver quão lucrativo deve ter-se tornado tal negócio, e por que os líderes religiosos ficaram tão irritados quando Jesus expulsou os cambistas.

“Ela, de Sua Carência”

Tudo isso apenas realça a ilustração de Jesus a respeito da pequena contribuição da viúva pobre, que ela sem dúvida depositou numa das caixas marcadas “Ofertas voluntárias”. Como viúva, ela não era obrigada a pagar o imposto por cabeça, e com recursos limitados, ela provavelmente não tinha condições de cumprir a quantia mínima para as ofertas queimadas, ou para as ofertas de lenha ou de incenso. Não obstante, ela queria fazer algo para mostrar seu amor a Jeová. Ela não queria ser excluída, ou simplesmente deixar esse assunto para os que ‘tinham condições’ de fazer isso. Jesus disse: “Ela, de sua carência, lançou neles tudo o que tinha, todo o seu meio de vida.” — Marcos 12:44.

Há muitas lições valiosas que podemos aprender deste relato. A mais notável, talvez, é que, ao passo que todos nós temos o privilégio de apoiar a adoração pura por meio de nossos bens materiais, o que realmente é precioso à vista de Deus não é darmos aquilo que de qualquer maneira não nos faria falta, mas sim darmos aquilo que nos é valioso. Em outras palavras, estamos dando algo que na realidade nem vai-nos fazer falta? Ou é o nosso dar um sacrifício genuíno?

A Promoção da Adoração Verdadeira Hoje

Hoje, as Testemunhas de Jeová promovem a adoração verdadeira por pregarem zelosamente “estas boas novas do reino. . . em toda a terra habitada”. (Mateus 24:14) A realização dessa tarefa global envolve não apenas empenho dedicado, tempo e energia, mas também consideráveis despesas. O Anuário das Testemunhas de Jeová — 1987 diz que “em 1986, foi despendido o total de US$ 23.545.801,70 (Cz$ 330.112.139,83) no custeio dos. . . 2.762 missionários, 13.351 pioneiros especiais, e superintendentes e suas esposas para os 3.353 circuitos e distritos no mundo”. Isto sem incluir “muitos gastos na compra, construção e reforma de propriedades, em equipar as gráficas e os escritórios nas 93 filiais da Sociedade, e em aprovisionar as necessidades materiais dos 8.920 voluntários que servem nas famílias de Betel”.

‘De onde vêm tais recursos?’, muitas vezes se pergunta. Diferente das religiões da cristandade, as Testemunhas de Jeová não fazem coletas nem enviam envelopes para solicitar donativos. Em vez disso, em seus Salões do Reino são colocadas caixas de contribuições — como os cofres do tesouro nos tempos bíblicos. Às vezes, outras caixas podem ser colocadas para objetivos específicos, como a construção de Salões do Reino ou Salões de Assembléias ou para ajudar missionários a assistir a congressos em sua terra natal. Contribuições para promover a pregação mundial podem também ser enviadas diretamente à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Caixa Postal 92, 18270 Tatuí, SP, ou à sua congênere em seu país.

Como encara estas muitas e variadas formas de fazer contribuições? Será que você, como alguns nos dias de Malaquias, encara-as como obrigação maçante, talvez dizendo em seu coração: “Eis! Que fadiga!”? Ou será que, como a “viúva pobre”, você as encara como oportunidades de demonstrar seu zelo e preocupação para com a adoração verdadeira e seu desejo de honrar a Jeová com suas coisas valiosas? Não esqueça a oportuna pergunta: São as suas dádivas um sacrifício?

“‘Experimentai-me, por favor, neste respeito’, disse Jeová dos exércitos, ‘se eu não vos abrir as comportas dos céus e realmente despejar sobre vós uma bênção até que não haja mais necessidade’.” (Malaquias 3:10) A prosperidade espiritual e a expansão mundial entre o povo de Jeová prova que ele já está fazendo isso. Continuemos a dar a Jeová uma oferta que seja realmente um sacrifício.

[Quadro na página 30]

Como Alguns Contribuem Para A Obra Do Reino

□ DOAÇÕES: Donativos voluntários em dinheiro podem ser enviados diretamente à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Caixa Postal 92, 18270 Tatuí, SP, ou à sua congênere em seu país. Também podem-se doar propriedades, como imóveis, bem como jóias ou outros valores. Tais contribuições devem vir acompanhadas de uma breve carta declarando que se trata de um donativo explícito.

□ DONATIVOS CONDICIONAIS: Pode-se entregar dinheiro em custódia à Sociedade Torre de Vigia, com o entendimento de que, em caso de necessidade pessoal, será devolvido ao doador.

□ SEGURO: A Sociedade Torre de Vigia pode ser nomeada beneficiária de uma apólice de seguro de vida ou de um plano de aposentadoria/pensão. A Sociedade deve ser informada sobre qualquer iniciativa neste respeito.

□ CUSTÓDIA: Contas bancárias podem ser colocadas sob custódia em favor da Sociedade. Caso isso seja feito notifique-o à Sociedade, por gentileza. Ações, bônus e propriedades também podem ser doados sob provisão de beneficiar o doador em vida. Este método elimina as despesas e as incertezas da homologação de testamento, ao passo que assegura que a Sociedade receba a propriedade em caso de falecimento.

□ TESTAMENTOS: Propriedade ou dinheiro podem ser legados à Sociedade Torre de Vigia por meio de testamento validado. Uma cópia deste deve ser enviada à Sociedade.

Para informações adicionais e orientação a respeito desses assuntos, escreva ao Departamento Financeiro, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Caixa Postal 92, 18270 Tatuí, SP, ou à congênere da Sociedade em seu país.

Despertai!, 22 de Fevereiro de 1976, págs. 17-19

Ais econômicos assolam as igrejas

NESTES dias de tensão econômica, as pessoas usualmente gastam dinheiro apenas no que realmente necessitam. Sentem necessidade de religião? Bem, as estatísticas mostram que estão despendendo menos cruzeiros com a religião. Em resultado, muitas igrejas e outras organizações religiosas sofrem abalos financeiros.

Em geral, diminuiu a porcentagem de dinheiro contribuído pelos estadunidenses a suas organizações religiosas. Em 1964, as igrejas receberam quase 50 por cento de todo dinheiro doado às instituições de caridade. Em 1973, receberam apenas 41 por cento, ou dez bilhões de dólares, deste total. O padrão foi o mesmo para 1974. Foi deveras considerável redução.

Ao passo que a renda da maioria das igrejas ficou reduzida, as despesas das igrejas aumentam. A Arquidiocese católica de São Francisco, Califórnia, relata que para cada dólar recebido nos anos recentes, tem gasto cinco dólares em custos aumentados. E uma notícia de Liverpool, Inglaterra, diz: “As coletas não mantêm o passo dos custos vertiginosos.”

Efeito dos Ais Econômicos

O Secretário de Estado papal, o Cardeal Jean Villot, avisou de possível redução do tamanho do pessoal do Vaticano, devido às avolumantes desposas. Entre as medidas de austeridade já em vigor achavam-se os preços mais altos no supermercado e no posto de gasolina do Vaticano. A situação financeira do Vaticano certamente não melhorou em 1974, quando perdeu cerca de Cr$ 504 milhões no escândalo bancário de Sindona, na Itália.

Muitas igrejas protestantes foram também enredadas no aperto entre donativos declinantes e custos mais elevados. Em resultado, em 1974 a Igreja Batista do Calvário, de Denver, declarou-se falida; a Igreja Batista de Thomas Road, em Lynchburg, Virgínia, foi colocada sob virtual sindicatura, e a popular Catedral do Amanhã de Rex Humbard, em Akron, Ohio, escapou por pouco da falência.

A bem conhecida revista evangélica, Christianity Today, disse recentemente em editorial: “Pela primeira vez em dez anos, a Sociedade Bíblica Americana mandou forte apelo financeiro seis semanas antes do fim do ano . . . Herança Religiosa da América noticiou mudanças para reduzir os gastos, de modo a permanecer viável. Billy Graham anunciou planos para corte de despesas.”

A sede das igrejas sofre ainda mais, em sentido geral, do que as igrejas locais. Por quê? Porque as igrejas locais retêm tudo o que podem para cobrir suas próprias despesas, reduzindo assim seu apoio às “igrejas mães”.

As sinagogas judaicas, também, estão imaginando para onde se voltar para sair de seus apertos financeiros. “Nossas congregações enfrentam os tempos mais difíceis”, afirma o Rabino Bernard Ducoff, presidente da Junta de Rabinos da Califórnia Setentrional e diretor executivo da Junta de Educação Judaica. Acrescenta: “Muitas delas experimentam substanciais déficits. Acharam necessário reduzir seu pessoal e solicitar maiores contribuições.”

Os pastores individuais também sentem-se pressionados por problemas financeiros. Um estudo feito por um ano inteiro, entre dezenove denominações protestantes, pelo Escritório de Liderança Eclesiástica do Conselho Nacional de Igrejas, revela que 22 por cento dos párocos têm empregos seculares colaterais. Isto é um aumento de 15 por cento comparado a dez anos atrás. Agora, 45 por cento de suas esposas trabalham fora, o dobro do número de uma década atrás.

Mais que Questão Financeira

Mas, deve-se esta depressão religiosa financeira apenas aos atuais apertos econômicos? Não. Parece que há muito mais envolvido nessa questão.

Exemplificando: apesar dos problemas econômicos, o público gasta cada vez mais dinheiro em recreação e no laser. Em outras palavras, as pessoas têm dinheiro bastante para momentos de prazer, as coisas que desejam fazer — mas não para a religião. Assim, Business Week cita Orville Slutzky, consignatário de ampla área de esquiação, próxima da cidade de Nova Iorque, como afirmando, ao contemplar as pessoas em férias na Páscoa: “Uma porção dessa gente talvez esteja desempregada, mas estão recebendo o seguro de desemprego, e o gastam em divertir-se.” Os cinemas estão prosperando.

Daí, então, qual é na realidade a raiz da escassez de dinheiro das igrejas?

Pelo que parece, o membro mediano não acha que é importante doar dinheiro à sua igreja!

Muitos, parece, são dessa opinião porque perderam o respeito pelas igrejas e, em resultado, as igrejas deixaram de controlar seus rebanhos. Confessa a revista católica Commonweal: “Quando o Papa fala, ele fala a constituintes cada vez mais reduzidos. . . . Ele é desconsiderado . . . mormente porque o papado não é mais reputado como forte força moral.”

Aos olhos de muita gente, a igreja agora não difere de qualquer outra instituição do mundo. Quando os políticos bradam a favor da guerra, as igrejas também o fazem. Quando a permissividade sexual se tornou popular, as igrejas a incentivaram. Quando a “ciência” critica a Bíblia como infundada, o clero junta-se ao coro. Assim, as pessoas concluem, não há distinção entre as igrejas e o resto do mundo.

Ênfase ao Dinheiro

Daí, então, nas igrejas há ênfase ao dinheiro. Rifas e jogatina na igreja florescem, ao se empenharem em angariar fundos. Contrário ao ensino bíblico, as igrejas deram muita atenção à solicitação de fundos, e isto desviou a muitos.

Por exemplo, o dízimo se destaca em algumas igrejas. É verdade que, no passado, como sob a lei mosaica dada à antiga nação de Israel, Deus exigia que seu povo desse aos levitas, que serviam no santuário, pelo menos um décimo do que ganhavam. Mas, tal requisito terminou com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. (Col. 2:14) Na verdadeira congregação cristã, mostra-nos a Bíblia, as Contribuições monetárias devem ser feitas conforme cada um “tem resolvido no seu coração”, e não “sob compulsão’. — 2 Cor. 9:6, 7.

No entanto, Robert Schuller, pastor da Igreja da Comunidade de Garden Grove, na Califórnia, aconselhou, segundo noticiado: “Cremos, deveras, que os dizimistas sinceros receberão bênçãos financeiras ímpares . . . por contribuírem fielmente para a obra de Deus.” E John Durkee, que leciona seminários de “gerência eficaz” a grupos de igrejas, afirma que “a solução para a vida abundante em tempos como esses é fazer do dízimo sua vereda à prosperidade”. Adiciona: “Aqueles que dão e que se comprometem jamais têm problema quanto à adversidade ou revezes econômicos.”

Hugh McNatt, de Miami, Flórida, discorda. Processou sua igreja, argumentando que ‘Deus não recompensou os 800 dólares em dízimos’. Afirma que, apesar do que disse o pregador, não recebeu ‘nem bênçãos nem recompensas nos três anos que se passaram desde sua doação’.

Onde Está o Alimento Espiritual?

Há outra razão para os ais econômicos e se relaciona a esse assunto de ensinos errados. O público está cada vez mais cônscio de que as igrejas não proveram verdadeiros benefícios espirituais para seus membros.

Esta é, sem dúvida, a razão pela qual vários periódicos religiosos deixaram de ser publicados e saíram do ramo nos meses recentes. Afirma The Christian Century: “O fato é que, dentro do protestantismo estadunidense, o periódico religioso geral acha-se quase que extinto.”

Mas, existe um grupo religioso que não acentua o lado material das coisas? Existem publicações que levem a pessoa a abandonar os hábitos e as práticas errados de pensar e que realmente ajudam a pessoa a moldar sua mente para que seja piedosa?

Bem, considere: Lá em 1879, no segundo número de A Sentinela (então chamada Torre de Vigia de Sião), observou-se:

“‘A Torre de Vigia de Sião’ tem, cremos, a Jeová como seu apoiador, e enquanto este for o caso, jamais suplicará nem pedirá aos homens seu apoio. Quando Aquele que diz: ‘Todo o ouro e a prata das montanhas são meus’, deixar de prover os fundos necessários, entenderemos que é o tempo de suspender a publicação.”

Esse número da revista custava cinco centavos de dólar. Atualmente, A Sentinela ainda custa cinco centavos de dólar nos EUA — apesar dos custos muito maiores de produção e de expedição. Cresceu de uma circulação de alguns milhares para mais de dez milhões de exemplares impressos a cada duas semanas. Não indicaria isso que tem tido real e poderoso efeito em mudar para melhor o ponto de vista das pessoas? Sim, tem sublinhado os valores espirituais, e não os materiais.

Nos mais de 96 anos de publicação, A Sentinela continuamente advoga os elevados princípios de Jeová Deus, conforme ensinados na Bíblia. Muitos têm lido A Sentinela por décadas. Logicamente, vieram a avaliar como orienta a atenção da pessoa para a Bíblia. Na verdade, elas, como todo o mundo, tiveram seu quinhão de problemas financeiros pessoais. Alas, não é um conforto saberem que, na congregação local das testemunhas de Jeová, jamais serão obrigadas a pagar o dízimo como porcentagem de sua renda? Nem lhes serão impostos projetos antibíblicos de angariar fundos. É no Salão do Reino que uma discreta caixa de contribuições é colocada para uso daqueles que desejarem voluntariamente doar dinheiro para manter a obra da congregação. Os donativos enviados à sede da Sociedade Torre de Vigia no Brasil também não são solicitados e são inteiramente voluntários.

Assim, parece que os ais que sobrevêm às igrejas não são simples resultado dos atuais problemas econômicos. Não lhe parece que elas perderam o apoio das pessoas porque não mais buscam as riquezas espirituais, e sim as materiais? Por que dar seu apoio a elas? Ao invés, associe-se com aqueles que usufruem do verdadeiro e duradouro bem espiritual.

A Sentinela, 1 de Dezembro de 1994, pág. 19

Como alguns fazem doações para a obra de pregação do Reino

□ DOAÇÕES: Donativos voluntários em dinheiro podem ser enviados diretamente à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Caixa Postal 92, 18270-970 Tatuí, SP, Brasil, ou à congênere da Sociedade no seu país. Podem-se doar também propriedades, bônus ou outros valores. Os que desejam doar jóias poderão primeiro tentar vendê-las localmente e daí remeter o dinheiro à Sociedade. Uma carta breve, declarando que se trata dum donativo, deve acompanhar essas contribuições.

□ CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL: Pode-se confiar dinheiro à Sociedade Torre de Vigia, com a condição de que, em caso de necessidade pessoal, este seja devolvido ao doador, devidamente corrigido.

□ SEGURO: A Sociedade Torre de Vigia pode ser nomeada beneficiária duma apólice de seguro de vida ou de um plano de previdência privada. Em todos os casos, deve-se avisar a Sociedade a respeito.

□ USUFRUTO: Podem-se fazer doações de propriedades ou de aplicações bancárias. Dentro deste plano, podem-se doar à Sociedade bens imóveis e o doador continuará a usufruir o bem doado enquanto viver. Somente após a morte do doador e do seu cônjuge, se for casado, os bens doados passarão para a Sociedade. Ações e bônus podem também ser doados. Se isto for feito, queira informar disso a Sociedade. Este método evita as despesas e as incertezas do cumprimento do testamento, ao mesmo tempo assegurando à Sociedade o recebimento da propriedade em caso de falecimento.

□ TESTAMENTOS: Bens móveis e imóveis, contas correntes bancárias, e de poupança, ou dinheiro, podem ser legados à Sociedade Torre de Vigia por meio dum testamento devidamente registrado em cartório. Uma cópia dele deve ser enviada à Sociedade.

Para mais informações sobre tais assuntos, escreva ao escritório da Sociedade Torre de Vigia, Caixa Postal 92, 18270-970 Tatuí, SP, Brasil, ou à congênere da Sociedade em seu país.

A Sentinela, 15 de Março de 1975, pág. 166

De modo que o cristianismo, o verdadeiro cristianismo, não está agonizante, mas está vivo, florescente, aumentando em número e no alcance de sua atividade. Se o desejar, poderá agora encontrá-lo e praticá-lo. Encare o assunto com mente aberta e veja por si mesmo o que Deus faz para apoiar e fazer crescer fortemente o cristianismo hoje em dia. Os Salões do Reino deste grupo feliz lhe são franqueados e poderá frequentá-los sem custo, sem ter de sofrer o embaraço da solicitação de contribuições ou de se fazer passar o prato da coleta. Examine o que estas pessoas crêem e o que fazem, daí, faça o que considera direito, ao lado dos que vê praticando isso. Este é agora o único caminho para a alegria e a vida no sistema justo de coisas, agora próximo.

Comentários


contato@observatoriojw.org
@2016-2018 OBSERVATÓRIO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ